terça-feira, março 15, 2005

Eu sei que colocar letra de música e poesia é coisa de blog falido, mas quem disse que queremos um blog de sucesso? Essa é a nossa blogoterapia secreta, ué!!

Acho que tem a ver...

Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?
Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan prá dormir ?
Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?
Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou
Prá ter a perna depilada,
Prá aturar uma empregada
Ou prá trabalhar menstruada?
Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou um canalha, por saudade ?
Esse blog anda meio às moscas, eu sei... Todas nós estamos com vidas super agitadas e estamos sem tempo (e sem vergonha na cara) para cumprirmos antigas promessas como manter este blog ou manter o contato.

Bom, as coisas mudam, certo? Estou ensinando a Paula a escrever aqui e, quem sabe, as outras meninas seguem o nosso exemplo?

sexta-feira, novembro 26, 2004

Cholate Diet

Eu já disse que não sou muito boa para me relacionar amorosamente com as pessoas, já disse que o meu relacionamento mais longo durou 69 dias, mas eu disse que o mais curto durou cinco dias?

Cinco longos dias. Cinco dias ótimos. Se contarmos do dia do primeiro beijo, ganho mais quatro dias de relacionamento intenso. Intenso? A primeira vez que eu peguei a mão dele, sem nenhuma segunda intenção, senti um choque pelo meu corpo. E foi como um imã, dois imãs de polaridades opostas. Não conseguia ficar longe dele. E sonhava acordada com ele, andava nas nuvens.

Eu contei que ele é chinês, mora na colônia chinesa de Cotia? Que eu fui a primeira “ocidental” que ele beijou? Pois é, só para dar situar as pessoas na história.

Ele disse (escreveu) “eu te amo” no quarto dia, antes mesmo de me pedir em namoro. Um dia antes ele falou que estava amando quando a gente saiu para jantar. Acho uma graça o jeito que ele fala “ai, ai acho que estou amando”...

No quarto dia, quando eu li o “eu te amo” no meu computador e entrei em pânico, o convidei para ir ao aniversário do amigo da minha atual colega de sala do escritório. Ele acabou vindo me buscar aqui porque trabalhei até muito tarde.

Ele se atrasou um pouco porque tinha ido me fazer uma surpresa. Passou numa doceria para me trazer chocolate, afinal não existiria uma surpresa melhor para uma chocólatra de carteirinha. Ele me entrega o pacotinho todo cheio de fitas douradas e, assim que abro, está escrito em letras garrafais: Diet.

- Amor, você comprou chocolate diet?
- É, comprei. Eu procurei diet.
- Procurou? Foi fácil de achar?
- Não... tive que ir em mais de um lugar.
- Nossa, quanto trabalho!
- É.
- Tudo isso só para me chamar de gorda??
- Não, não.

Fiquei quieta. Chegamos ao bar, uma amiga nos encontrou, bebi muito. Ele me disse que não saía com uma menina mais de uma vez sem ser namoro. Fiquei contente por chamar alguém de namorado e esqueci, momentaneamente, o chocolate diet.

No dia seguinte eu falei que estava comendo o chocolate devagarzinho para ele durar bastante, mas na verdade estava preocupada com o aviso anotado ao lado da caixinha: “se consumido em excesso causa efeito laxativo”. Excesso é um termo muito subjetivo, principalmente em se tratando de chocolate. Resolvi não arriscar e deixei o chocolate na pia da cozinha e ele desapareceu em poucos minutos. Não soube de alguém que tenha tido problemas com o tal efeito laxativo.

Saímos outras vezes e, por óbvio, as diferenças culturais se tornaram insuportáveis. Ao final do quinto dia de namoro oficial ele me liga:

- O que você está fazendo?
- Estou em casa.
- Estou indo aí, preciso te falar um negócio.
- Fala.
- Precisa ser pessoalmente, até daqui a pouco.

Desliguei o telefone e pensei o que um cara precisa falar pessoalmente. Só achei duas respostas plausíveis: pedir em casamento e terminar o namoro. Não parecia que ele ia me pedir em casamento no quinto dia de namoro, então me apeguei à segunda opção.

Mais de uma hora depois do telefonema estava o moço me ligando da porta do prédio, pedindo para eu descer. Pediu para conversarmos dentro do carro. Será que ele acha que eu sou barraqueira? Perguntei:

- É para terminar?
- ...
- É para terminar comigo?
- É.
- Então estamos conversados. Não tenho mais nada a falar com você.

Voltei para dentro do prédio e só me virei para gritar: “avise os seus amigos que você terminou comigo, porque eu tenho vergonha de dizer que só namorei cinco dias”.

Ele ficou imóvel na frente do prédio até que o porteiro (sim, o porteiro!) me chamou e pediu para eu dar uma chance ao rapaz.

Achei que a situação não podia ficar pior e entrei no carro dele.

- Fala.
- Eu gosto muito de você.
- Se gostasse a gente não teria essa conversa.
- Ontem eu vi a minha ex e fiquei confuso.
- Vai voltar para ela?
- Não sei?
- Quer ser tratado que nem cachorro?
- É verdade. Não vou voltar com ela. Não vou voltar com alguém que me tratou tão mal.
- E?
- Mas a gente é muito diferente.
- Você nem me conhece!
- Mas já percebi que a gente é muito diferente.
- Não acredito nisso. Você nem quer me conhecer.
- Eu gosto de você e voltaria com você como eu voltaria com qualquer ex-namorada.
- Não me compare com as idiotas da sua colônia. Não tenho nem quero ter nada parecido com elas.
- Eu nunca vou me esquecer do que passamos juntos.
- Foram só cinco dias, não tem muito do que lembrar.
- Eu conto desde o dia em que nos conhecemos.
- Ah... Então ta. São nove dias. Também não é lá muito tempo.
- Desculpa.
- Tudo bem.
- Tudo bem?
- É, você percebeu que a minha vida é um circo e resolveu me fazer de palhaça.
- Não diga isso.
- Acho que isso é tudo.

E, saindo do carro e batendo a porta:
- Todos os seus amigos me disseram que você era um bom moço, isso e aquilo. Agora, me faz um favor: liga para os seus amigos e conta que você é um cafajeste porque de bom moço você não tem nada!

E ele ficou sentado na porta do meu prédio, ligando para os amigos:

- Karen, eu sou um cafajeste. Pergunte para a Roberta.
- Lúcio, eu sou um cafajeste. Pergunte para a Roberta...

(continua)

quarta-feira, setembro 08, 2004

Meninas, passei o feriadão com meu ex-namorado, aquele um que é gay e ele me fez chegar até uma triste constatação: já fiquei com muitos gays na minha vida.

Para que eu não fique por aí cometendo o mesmo erro e os amigos dele me deram dicas de como reconhecer um gay na primeira conversa ou, no máximo, na primeira noite (se é que vocês me entendem).

- Gay chama amiga de “querida” – isso quando ele já atingiu um grau altíssimo de viadagem
- Gay quando quer dizer “muito” diz “horrores” – por exemplo: me diverti horrores com você ontem.
- Gay não faz sexo oral em mulher porque tem nojo (viu, Carrie?)
- Gay quando não gosta de alguma coisa diz: “Não suporto”. Por exemplo: não suporto a luz do sol.
- Gay come tudo com garfo e faca! Até pastel, esfiha, coxinha...
- Gay acorda de manhã e vai escovar os dentes antes de tentar de beijar. Homem não liga para bafo de manhã...
- Gay usa rímel transparente – é, não caia nessa de metrossexual. Homem que é homem não liga muito para a aparência.
- Gay é super organizado em casa, lava a roupa, a sua, a dele, porque “não suporta” ver a casa bagunçada
- Gay quando gosta de uma determinada comida diz que está “saborosa” ou então, que é “tudo de bom”.Falar que alguma coisa é “tudo” também é coisa de gay.

domingo, agosto 29, 2004

- Ola.
- trocou a calça? ola.
- Não... Não quis ir sozinho.
- eu cheguei quase oito horas, senão tinha te ligado para ir com vc.
- Tudo bem, não tem problemas. Aquela hora eu estava na rua, voltando de uma festa de criança... lembrei que fazia tempo que a gente não se via e como ia lá perto, te liguei.
- comeu bastante docinho?
- Sim... E salgadinho também...
- Quer uma novidade?
- sim. Você vai casar?
- Não... O contrário...
- vai se divorciar?
- Estou quase o mais novo solteiro do mercado.
- quase?
- é...
- não entendi
-Ah... Acho que vou terminar com a Fernanda. Também era por isso que te chamei. Era para conversar um pouco.
- conversar sobre nós ou sobre vc e a Fernanda?
- Sobre nós.
-vc acha que ainda temos alguma coisa a conversar? não sou do tipo que dá murro em ponta de faca.
- Queria conversar sobre a nossa amizade. Eu considero ter muita liberdade para conversar com você.
- ah.. sobre a nossa amizade não colorida, em preto e branco.
- Roberta. Eu não sou masoquista. Não gosto de ficar levando foras toda hora. Como você também não.
- Ué, achei que era eu quem sempre levava os foras e os bolos.
- E nõs já conversamos milhões de vezes sobre a nossa amizade colorida! ou preto e branco, sei lá... O fato é que eu gosto de você. Como eu pisei na bola diversas vezes, fico sem você. Ok. Aceito isso... Fazer o quê.
- ...
- Mas, mesmo assim, te considero pra caramba. Continuo gostando de nossas conversas.
- Eu gosto de você.
- gosta Muito, pouco ou bastantão?
- mas acho que nós não daríamos certo. Não acho que eu daria certo com ninguém, sou frigideira, não tenho tampa. Panela sem tampa
- Você SEMPRE disse isso.
- Eu SEMPRE estive certa, então.

Meninas, sabe aquele cara com quem você ficou há decadas, não deu certo, você tentou de novo, foi horrível, tentou de novo, foi péssimo e ele continua insistindo? Exatamente a história do cara aí de cima. Decidimos ser amigos há pouco tempo. Mas é estranho ser amiga de um cara com quem seu relacionamento sempre foi... amoroso, carnal, sei lá. Não sei o tipo de relacionamento que tivemos, mas nunca fui amiga dele. Estou tentando ser amiga dele... Será que consigo? Será que vale a pena? Poxa, homens!